B I O
Nasce no Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, 1983. É a terceira de 3 filhos, de uma família com muitas nódoas negras, mas amável e interessada.
Por desafiar os tempos da parteira é arrancada à bruta e chega ao mundo de clavícula partida. Logo a esquerda. Mais tarde frequenta a escola primária do peixe frito, aprende língua portuguesa, matemática e estudo do meio. Sabe de cor o nome dos rios e a altura das montanhas. É-lhe diagnosticada bronquite asmática e escoliose, e por indicação médica começa a nadar. Torna-se razoável brucista e singra na equipa de competição do Clube Naval Setubalense.
Aos 16 trabalha como caixa no Pingo (pouco) Doce para pagar as primeiras férias fora de casa. E depois como empregada de mesa e balcão para pagar os estudos. Ouve críticas, elogios e brejices várias. Licencia-se em Comunicação e Cultura pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se assume anti-praxe e anti-parvos.Mais tarde faz estágio profissional na Rádio Popular FM e no Jornal Notícias Populares, sob a direção de José Manuel Rosendo, onde se destaca por reportagens sobre eucaliptos, tráfico de animais e prémios vinícolas. Frequenta o curso de jornalismo no Cenjor, e pelo caminho dá aulas de inglês no primeiro ciclo. Muitas das suas matérias são dadas através de canções genericamente coreografadas, que compõe de propósito para o efeito. À segunda semana de aulas é chamada à sala da diretora para conversar sobre práticas educativas pouco próprias.
Entre 2011 e 2016 é coordenadora do Grupo Tamborzinho e trabalha o desenvolvimento físico, cognitivo e social de crianças, jovens e adultos com deficiência mental. Aprendeu mais do que ensinou. E dotada de novas ferramentas torna-se funcionária pública a recibos verdes, desenvolvendo projetos de juventude.
Em 2019 produz, com a ajuda do amigo Sérgio Miendes, o seu primeiro disco - Rua das Marimbas n7 - e 3 anos depois o disco 2 de Abril.
Gosta de animais - cães em particular - plantas e árvores. E de dar mergulhos no mar sempre que pode.
Escreve poemas, crónicas e breves notas biográficas.
Notas artísticas e distinções:
- Prémio José Afonso 2023 - atribuído em abril de 2024
- SPAutores - Prémio José da Ponte 2024
- Golfinho de Ouro jornal O Setubalense / Rádio Popular FM 2024
- Medalha de Mérito Cultural, Município de Setúbal 2024
- Globo de Ouro SIC / Expresso - melhor intérprete 2023
- SPAutores - Melhor Trabalho de Música Popular 2023
- Antena 3 - 1º lugar "Álbuns Nacionais" 2022 com álbum 2 de Abril
- Blitz/Expresso - 2º lugar "Álbuns Nacionais" 2022 com álbum 2 de Abril
- Rádio Radar - 1º lugar "Álbuns Nacionais" 2022 com álbum 2 de Abril
- Planeta Pop - 1º lugar "Portuguese Album of the Year" 2022 com álbum 2 de Abril
- Music Portugal - 1º lugar "Álbuns Nacionais" 2022 com álbum 2 de Abril
- Altamont - 1º lugar "Álbuns Nacionais" 2022 com álbum 2 de Abril
- Rádio SBSR - 3º lugar "Álbuns Nacionais” 2022
- Colaboração como letrista e compositora em vários discos nacionais
- Colaborações e parcerias com Três Tristes Tigres, Calíope, Sérgio Miendes, Omiri, Orelha Negra, Os Surrealistas, Luca Argel, Castello Branco...
AGENDA
próximas datas
24 Abril | Seixal | Quinta dos Franceses | Entrada Livre |
3 Maio | Guimarães | Centro Cultural Vila Flor | Comprar Bilhetes |
17 Maio | Barcelos | Theatro Gil Vicente | Comprar Bilhetes |
24 Maio | Ílhavo | Casa da Cultura de Ílhavo | ESGOTADOS |
25 Maio | Amarante | Cine-Teatro de Amarante | Comprar Bilhetes |
6 Junho | Vale de Cambra | Centro de Artes de Vale de Cambra | Comprar Bilhetes |
13 Junho | Porto | Parque da Cidade | Comprar Bilhetes |
21 Junho | Lousada | Auditório Municipal de Lousada | Brevemente |
27 Junho | Loulé | Festival MED | Comprar Bilhetes |
4 Julho | Alcanena | Festival Entretanto | Brevemente |
9 Julho | Tondela | ACERT | Entrada Livre |
11 Julho | Ovar | Parque Urbano | Entrada Livre |
25 Julho | Choupal | Ponte da Barca | Entrada Livre |
23 Agosto | Figueiró dos Vinhos | Fazunchar | Entrada Livre |
Outubro | Paredes de Coura | Centro Cultural de Paredes de Coura | Brevemente |
4 Outubro | Pombal | Teatro Cine | Brevemente |
11 Outubro | Valongo | Fórum Cultural de Ermesinde | Brevemente |
8 Novembro | Santarém | Teatro Sá da Bandeira | Brevemente |
14 Novembro | Vila Real | Teatro Municipal de Vila Real | Brevemente |
15 Novembro | Sardoal | Centro Cultural Gil Vicente | Brevemente |
22 Novembro | Fafe | Teatro Cinema de Fafe | Brevemente |
23 Novembro | Porto | Ágora - Câmara Municipal do Porto | Entrada Livre |
aconteceram
14 dezembro | Aveiro | Teatro Aveirense | Já aconteceu |
4 dezembro | Paris - Maison du Portugal | Expo Melanie Alves - Gulbenkian | Já aconteceu |
1 novembro | Lisboa | Convidada Selma Uamusse | Já aconteceu |
27 outubro | Galicia - Espanha | Auditório de Galicia | Já aconteceu |
13 outubro | Porto | Coliseu do Porto | Já aconteceu |
11 outubro | Braga | Convidada de Clã | Já aconteceu |
5 outubro | Madeira | Concerto Ponta do Sol | Já aconteceu |
24 julho | Tavira | Convidada de Sérgio Godinho | Já aconteceu |
17 julho | Aveiro - Cais da Fonte Nova | Convidada de Castello Branco - Festival dos Canais | Já aconteceu |
13 julho | Coimbra | Concerto com Coro das Mulheres da Fábrica | Já aconteceu |
11 maio | Cabo Verde - Praia | Centro Cultural Português Praia | Já aconteceu |
10 maio | Cabo Verde - Tarrafal | Festival da Resistência | Já aconteceu |
27 abril | Peniche | Museu Resistência e Liberdade | Já aconteceu |
26 abril | Amadora | Cineteatro D. João V | Já aconteceu |
Loja
discos
PRINT/ILUSTRAÇÃO DISCO 2 DE ABRIL
A GAROTA NÃO X CRISTINA VIANA

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EDIÇÃO LIMITADA (100 UNIDADES)
PRINTS NUMERADOS E ASSINADOS
DIIMENSÕES: IMAGEM 397X300 / IMAGEM COM MARGENS 485X330
G A L E R I A
telediscos
colaborações
ao vivo
Fotos
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Que eles são enormes em palco a gente já sabe. Mas como estão esses Assessores no que toca a toques de bola? São bons, até nisto são bons, os patifes. Ainda que para entrarem no Traineira Clube de Setúbal precisem de comer muita sardinha assada. Dia 24 de Abril há concerto no Seixal! Junta Godinho com Garota, Assessores e Chefes de Gabinete. :) Até jáááButton
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O concerto que aconteceu no domingo na Aula Magna teve a grande virtude de fazer viver Carlos Paredes. Não tinha a ver com virtuosos (apesar de os ter) nem exposições de talento e carisma (apesar de também as termos presenciado). Tinha a ver com celebrar um homem que pela sua obra, princípios e postura, foi admirável. Há gente que deve ser recordada sempre - para que aqueles que vão chegando entretanto tenham a sorte de fruir o que Paredes nos deixou. A grande aplauso foi para ele e para a Luísa Amaro, a engenheira daquele desafiador alinhamento que combinou gerações, instrumentos e palavra. Quanto a mim, além de ter conhecido músicos boníssimos como a Mafalda Lemos e o Gonçalo Rodrigues, Joana Bagulho, Marco Fernandes e o Miguel amaral, ainda saí de lá com um querido abraço do Tó Pinheiro da Silva, que nos fez um som estupendo, e com uma promessa do Mário Laginha :) A todos os outros que fizeram parte desta celebração, muito obrigada: Luis Nazaré Gomes, Carlos Alberto Moniz, Banda de Música Bombeiros de Torres Vedras, Ana Telles, Inês Vaz, Tiago Morais e Tiago Marques, Gonçalo Lopes e Simão Mota. Aproveito para dizer que hoje há festa no B.Leza Clube! A PRODUTORES ASSOCIADOS celebra 18 de muitos anos que virão, e há música ao vivo a partir das 21h30! 📷 Carlos MartinsButton
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Não me queria pôr em bicos de pés porque há merch mais fresquinho e de fazer muitas delícias sensoriais na praça mas até que o meu novo disco esteja oficialmente pronto e todo o processo de produção se cumpra, tenho uns belos VINIS e CDS à procura de um sistema de som que os queira acolher. São bons animais de companhia, adoram viajar e tornam as horas de ponta menos difíceis. As encomendas podem ser feitas no Bandcamp ou através do email encomendasgarota@gmail.com A resposta ao email é automática e contém as infos essenciais (para início de conversa). Ah, e também há prints da @acristinaviana !Button
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Fechando ciclo: quando me encontrei com a @melaniealves no atelier onde trabalha, senti que estava a chegar a um daqueles lugares onde com rara facilidade eu passaria muitas tardes a existir - sem mais quê - sem que tivesse de ter um propósito maior para passar o tempo. Lá, os objetos dialogam com a nossa memória e com a nossa imaginação, são elementos e peças paradoxalmente cruas e belas, que desconcertam pela verdade que resgatam e pela fantasia que permitem. Eu acho sempre que os locais de trabalho de cada um - quando podem ter a expressão do sujeito - dizem muito sobre o que lá vai dentro. E se for assim, não vejo outra hipótese senão a de que a Mel tenha mais compartimentos internos do que uma pessoa normal - de certeza que tem anexos e jardim, situados algures entre a cabeça e o coração. Fora a brincadeira - séria que é - tenho mesmo muito orgulho de ter feito um bocadinho parte do seu trabalho Marias de Abril - que é feito de tantas vidas, de tanta gente! A sua exposição está aberta para visitas até 9 de fevereiro na Maison du Portugal, Cité Internationale Universitaire, em Paris. Se passarem perto, entrem mesmo! 📸 @p_martins_photographe 🌷Button
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Outras notas sobre Paris: - A @paola.velho / @thisisyolo_pr : Viagens, estadias, refeições, patrocinadores, comunicação, som, protocolo, diplomacia. Cansa só de imaginar. Há pessoas que celebram o outro, a sua concretização. São preciosas e quase sempre invisíveis. A Paula é uma delas, amável e bravíssima mulher. - O José Ferreira / @rolenaeuropa : tem uma empresa de visitas e transferes sediada em Paris. Não foi ainda diagnosticado por nenhum médico mas estou cá para levantar a lebre: tem no meio do peito um coração anormalmente grande. Foram dele as boleias várias e a ajuda infinita na hora em que os voos foram cancelados e a Air France nos disse: ou vão vocês ou vão as guitarras. Não há espaço para todos neste avião (equacionei deixar o Sérgio no Charles de Gaulle para ficar com a guitarra dele para sempre, mas não pegou). Voltando ao senhor Ferreira, perguntei-lhe certa vez: porque é que nos está a dar tudo isto de graça, senhor José? Porque sou Português e estou cá para ajudar a minha comunidade (a lágrima do canto do olho do @kwendabonga passou de repente para o canto do meu). - As @canelas.paris, que encheram de comida e prazer a boca de todos quantos estiveram na exposição / concerto, por haver em cada uma delas uma intensa mulher de Abril. - O @jcfpiano é o atual diretor da Casa de Portugal da Fundação Calouste Gulbenkian na Cité Internationale Universitaire de Paris. E caramba, se há diretores de alguma coisa aos quais apeteça dar um abraço e dizer: que bom que está nesse lugar, homem!, ele é um deles. Soluções, clareza de espírito, gentileza, ideário. Está tudo certo. - A rapariga da fila da frente: chegou no final do concerto e disse-me comovida: eu estou a aprender português por causa das tuas canções. E depois disto não há mais nada que possa dizer. Obrigada, vida, que também a mim me tens dado tanto. 📸 Philippe MartinsButton
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Paris, 5 de dezembro 3 graus e algumas notas O vento corta a garganta como uma navalhinha de trazer no bolso, afiada e pronta, mas debaixo do cachecol, do casaco e do capucho, o frio até sabe bem (à noite a cama será aconchego certo - a graça está toda aí). O concerto foi bonito, o ânimo está leve, as pessoas foram muito gentis e a exposição da Melanie encheu-me de orgulho (disto falarei noutra publicação). Antes de regressarmos a Lisboa temos algumas horas livres, seguimos a pé sem destino, pelo prazer do inesperado. Paris é uma cidade bela, com muitos lugares onde assentar os olhos. A arquitectura é impressionante e as possibilidades culturais são inesgotáveis. Mas as luzes de natal e as montras das lojas são demasiado requintadas e exuberantes quando têm à frente pessoas deitadas sobre papelão molhado. Notre-Dame, catedral rainha, reabre daqui a 2 dias. À sua volta um bulício digno de boda real. 5 anos e 700 milhões de euros depois do incêndio. Há formas de ascensão espiritual um pouco mais em conta, mas em tudo há os seus caprichos, diz-se. No metro a modernidade cumpre-se: videochamadas debaixo da terra, phones sem fios, lábios pulposos, casacos de pele animal comprados em lojas de segunda mão, sapatilhas vegan e peúgas com a cara da Mona Lisa. Na urgência de caber na carruagem, uma velha franzina empurra contra o poste um rapaz que parecia o Mike Tyson. A diferença de forças era tão evidente que ele só conseguiu rir enquanto abanava a cabeça. Todos coabitam o tempo e o lugar, numa zona que fica algures entre a tolerância e a indiferença. Não há grandes conversas, a maioria vai calada e só. Uns à espera de alguma coisa, outros de coisa nenhuma a não ser a paragem onde irão sair. As cidades grandes dão-me um nó no estômago. As buzinas, as filas, as bicicletas furiosas, as motas nervosas dos entregadores de comida contornando carros, pessoas e minutos…é tudo muito rápido para mim. Mas: ainda consegui tirar estas fotografias bonitas :) 1. o Sena e o Sérgio Miendes 2. a árvore dourada na subida do Sacré Coeur 3. o leão fontinha 4. A senhora das folhas secas 5. o esforço de hércules 6. o Pombispo 7.Button
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No ano em que tinha decidido parar com a estrada para respirar de trabalhos acumulados e sobrepostos e fazer umas mudanças mais estruturais na vida, acontecem-me o Museu da Resistência e Liberdade, o Tarrafal e o Coro Das Mulheres da Fábrica....! Que coisa linda. E depois os concertos-coliseus do Sérgio Godinho (real OG!), o Castello Branco e a Mazela, a Francisca Marvão com o filme sobre a Zurita de Oliveira, a Selma Uamusse com a sua carta branca para a cidadania, o generoso Cesário Costa com a Orquestra de Espinho, a Sara Botelho e o Jorge Castro Ribeiro a invadirem-me o coração, A Luta Contínua dos Clã, as delícias da Madeira (a quem devo agradecimentos por poetas referenciados!), a gentileza da Galiza. Sem contar com 4 semanas de obras transformadas em 10 meses, costas devidamente rebentadas, terapias várias, afonias e antibióticos. O plano inicial resignou-se ao fracasso, compreendendo que há convites que não se recusam, e a Mel Alves é dona de um deles. Quarta feira estaremos em Paris com ela, a inaugurar a exposição Marias de Abril, que ela esculpiu, moldou, teceu, sonhou. Quem possa estar por perto que venha, estarei com o Sérgio a tocar nesta linda festa. Um abraço A fotografia é do Sérgio Aires, a quem muito agradeço.Button
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A @selma_uamusse é união, integração, convocatória. Ninguém fica de fora, ninguém é sobrante. O espetáculo de hoje à noite é sobre isto mesmo. Venham, o bilhete do concerto tem dentro uma viagem ao centro da humanidade. Tem @orquestra_geracao, @activemess , @olaruthmusic, Bárbara Wahnon, @nayrfaquira , @yerixyeni , e eu também lá boto uma palavra. Hoje no @ccbelem , pelas 20h00. Link para últimos ingressos na bio! As fotos são do ensaio de ontem. Pela lente da @anaviotti_ Abraços, até logoButton
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Oh Galicia, como agradecer-te a escuta bondosa, o silêncio que respeita, o abraço que nos aconteceu? Voltei serena, como quem volta de um lugar onde nos querem bem. Onde queremos voltar inteiros, melhores. Abraço longo e muito obrigada. A quem esteve, ao Concelho de Santiago de Compostela, Aos técnicos do Auditório de Galicia que nos ajudaram, E sobretudo à Nordesia, pelo convite e carinho tão sentidos. E à @mjperez.music , todas as alegrias e bonanças, que o palco fica mais justo com ela lá.Button
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De Setúbal a Galiza são 6 horas de viagem. Na carrinha onde seguimos mete-se o assunto em dia, ouve-se música, rimos de alguma piada mais ou menos temperada. Há os que recuperam de cansaços atrasados, os que lêem, vêem séries. Eu vou tentando reduzir o volume dos emails por responder mas sou sempre insuficiente no desempenho. Dou um olho nas redes sociais e a primeira publicação que me aparece no feed é do @britoguterres . Um vídeo que mostra a manifestação onde milhares de pessoas pediram justiça por Odair Moniz. E por todos os outros que a memória conseguiu guardar. E há um arrepio imediato que me percorre o corpo, pela dor e pela força daquelas imagens, daquele manifesto. Pedia-se justiça. Nesse momento, na carrinha, o céu carrega em chuva grossa sobre os pára-brisas. A bátega estava direita com a tristeza funda. O ódio anda a renovar-se de forma medonha. E estas manifestações são importantes para manter o amor e a cabeça à tona da água. Mais 200kms. Vamos chegando perto da Galiza, comunidade autónoma. Haverão marcos e placas de estrada a indicar o último metro da cartografia portuguesa, mas já não há paragem nem revista. As fronteiras são praticamente invisíveis. Amistosas, parceiras. A língua dança de cá para lá com um pé em cada margem. Ao contrário das fronteiras que deixamos para trás no Portugal de 2024, que se impõem como muros, violentas e gravadas em lápides. Se as forças policiais têm de existir (não é uma afirmação, é uma pergunta), o que eu queria era encher-me de respeito e orgulho de cada vez que o assunto lhes passasse perto. Aos que fazem da sua farda um veículo de bem estar coletivo, de construção humana e amor, obrigada. Precisamos muito da vossa intervenção. Amanhã tocamos no Auditório de Galicia, Santiago de Compostela, pelas 20h00. Que veña quen veña para ben. Abraç/zos! Para bilhetes link na bio!Button
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Bonísssimo público do @coliseuportoageas obrigada pelo abraço de Domingo de manhã. Soube a torradas e café com leite, videojogos, desenhos animados, ao que vamos descobrindo sobre nós enquanto os anos se somam. Soube a Fuzeta, caranguejos violinistas, a pescadores e sábios de Inhanbane. E pelo meio o piano de Beethoven e Chopin nas mãos do António Oliveira, as cordas de Mozart, a esperança de Coolio e Pachelbel nos movimentos sincronizados dos músicos da maravilhosa Orquestra de Espinho. O Belo e a Consolação a acontecerem em uníssono. @cesario.costa , @Sara Botelho e @jorge_castroribeiro, ainda ressoam no corpo as nossas partilhas. Obrigada. #📸 Lara JacintoButton
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A Luta Contínua A força de um clã faz-se da soma das forças dos seus elementos. Das suas diferenças e talentos, da capacidade que cada um deles tem para proteger o outro, dar-lhe espaço e voz. Os @cla.musica são isto. Da bateria aos teclados, das vozes às guitarras. E depois uma unidade criativa abaladora. Aprendi muito, adorei tanto! Neste espectáculo, conheci um pouco melhor a @analuacaiano , que me fez bater o coração mais forte com a graça e intenção que mete no que faz, abracei o @eu.clides , que é um talento maior do que qualquer altura, admirei a @a_capicua , a sua palavra franca, escorrida, certeira. O Hélder Gonçalves? Maestro sem batuta que enche de respeito e bom gosto o lugar de cada canção. A Manuela. A Manuela é bondade. É manhã clara. E esse é o maior talento que uma pessoa pode ter. Além de todos os outros - absolutos - que ela tem e nos mostra em cima do palco. Forças bravas. Amanhã há mais uma sessão desta Luta Contínua, em Faro, @teatrodasfiguras . O repertório que compõe este espetáculo é boníssimo, viagem livre pelo sonho e pela vontade. Eu não estarei, mas façam-me um favor: vão no meu lugar! Que é bonito demais o que ali vai acontecer. 📸 @laisicp 🌷Button
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Passeio no Coliseu Quando há uns meses o Maestro Cesário Costa me telefonou a desafiar-me para participar no ciclo de concertos Promenade, fiquei feliz mas apreensiva. Explico já: É que além de algum do meu repertório tocado por uma orquestra, teria de sugerir temas de música clássica para a orquestra interpretar, explicando a razão da escolha dessa obra. Ora já se vê: a apreensão veio por não ser entendida na matéria. Que sugestões teria eu para dar sendo tão vasta e bela e complexa a música clássica? Mas o Cesário pôs os pontos nos is. “O que se pretende é que relaciones as tuas escolhas com episódios da tua vida. Que tenham significado”. E aí ficou mais fácil, porque há memórias que guardamos a preto e branco, outras que trazemos bem a cores, com cheiros, texturas e sons. Amanhã falarei sobre isto. AbraçosButton
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Na @livraria.poesia.incompleta, essa beleza pronta, os discos voltaram a estar secretamente disponíveis (vinil e cd) Ninguém sabe, ninguém conta. E se passarem por lá .. shiu… perguntem só ao Changuito quando vem a Setúbal frescar as costas no Sado.Button
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Obrigada, caro amigo, por este elixir de amor. Maravilhosos Assessores, que bouquet de flores raras 🌷 @municipio_tavira_oficial, abraços gratos. Imagens @municipio_tavira_oficialButton
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Ai bom! Hoje há Sérgio Godinho em Tavira! Canto com ele 2 pares de canções e que maravilha será. Digo eu em jeito de antecipada hora. Até logo!Button
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Aveiro, como é a dança? Já fiz o homem morto na Barra, já fui à escola como ver como andam aquelas paredes, ensaiei, preparei a língua, e tudo no meu peito diz que hoje há concerto! Vou com ele, essa riqueza — > @castellobranco É gente boa, bonito a partir de dentro, gentil, bem querido e amado pelas muitas e belas canções que escreve, canta, partilha. Hoje a noite de Aveiro será dele. Que o Cais da Fonte Nova se encha para o escutar. Eu entro lá pelo meio, cantaremos um punhado de canções juntos. Umas minhas outras dele, com calma, com muita alegria. Um abraço, até já. 22h00 !Button
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Ainda a assentar emoções da residência com as operárias. Mas continuando a receber a beleza dos encontros inesperados. Vou estar amanhã no Festival dos Canais, em Aveiro, com o @castellobranco para dois pares de canções minhas e dele. Esse menino é bom demais para que fiquem em casa numa quarta feira :) Fotografia 1 @veramarmelo 🌷Button
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Nunca tinha feito uma residência artística. Porque não sei compor com agenda, não sou dotada de grande conhecimento técnico, e escrevo a partir de um lugar muito tímido e reservado. Mas acho que acima de tudo porque se calhar nenhum dos outros convites me tinha chegado ao peito como este chegou. Quando me apresentou o Coro das Mulheres da Fábrica como parceiras de viagem, o João Silva da Blue House sabia que não me estava a dar hipótese. Que há coisas na vida que são irrepetíveis, e por isso mesmo irrecusáveis. Há uns anos descobri que sair para fora de pé me trazia muitas mais alegrias e lições do que ficar só quieta no meu canto. Que quando me forçava a ir, a pisar chão novo, a vida se revelava um lugar extraordinariamente mais rico e transformador. Esta residência não me deu tempo de passear em Coimbra nem de aproveitar o sol das esplanadas, mas deu para entrar no lugar mágico que estas mulheres criaram com este coro, onde a vida acontece plena, com risos, caras lavadas em lágrimas, abraços, graças e assuntos sérios. Aqui fala-se de economia, mezinhas para a voz, tecidos, política, filhos, sentimentos. Bebe-se vinho, come-se fruta, acolhem-se duras histórias de vida, canta-se a alegria e o que não pode ser calado, faz-se um verdadeiro serviço público. Esta semana, e entre exigentes compromissos de casa, família e trabalho, elas deram-me a sua terça, quarta, quinta e sexta-feira, para que no sábado pudéssemos entregar este Manifesto Manifesta a quem esteve na Praça do Comércio. E não obstante o esforço e impressionante entrega de cada uma delas a este gigante coletivo, preciso deixar um abraço maior à Neli, que na sua calma e discrição em muito acrescentou a esta experiência, e sobretudo à Vânia Couto, que no seu desassossego, compromisso com o outro e generosidade infinitas, soube sonhar um Coro onde cabem as velhas, as magras, as felizes, as que estão sempre a tropeçar, as que enchem as camisas de nódoas e todas as desafinadas do mundo. A Vânia impressiou-me muito. Foi uma grande prenda ter entrado na vossa fábrica. Obrigada também ao Sérgio Miendes, por estar sempre. E à surpresa que foi @simazzer Foto1 @fausto_da_silva Todas as outras: @veramarmeloButton
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Quinto dia Apresentamo-nos hoje na Praça do Comércio, em Coimbra, para partilharmos um pouco do que foram os últimos dias. O que eu sinto é que deixei a minha vida em suspenso na terça feira de manhã quando entrei na autoestrada do norte rumo à Fábrica onde iria encontrar estas 60 mulheres. Nunca tinha aceitado fazer uma residência artística porque o chamado ainda não me tinha chegado ao peito, mas ao apresentar-me o Coro das Mulheres da Fábrica como parceiro de viagem, o João Silva sabia que não me estava a dar hipótese. Que há coisas na vida que são inevitáveis. :) Venham connosco hoje. Às 17h00 há Três Tristes Tigres e logo a seguir seremos nós. Abraços Créditos imagens @tcerveira 🌷Button
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Terceiro dia Residência Artística Garota + Coro Das Mulheres da Fábrica As canções quando nascem trazem a extraordinária particularidade de serem em si mesmas uma e muitas outras. Depois quando decidimos espalhá-las no vento acabamos por ter de escolher o nome, qual o fato que leva, e se leva fato ou vai despedida, com brincos de princesa ou petardos - são muitas as escolhas a fazer. O Luca Argel o ano passado pariu dois gémeos, mas a gente sabe bem que podiam ter sido muitos mais. Que entre a eletrónica e a cappella há muitas outras possibilidades :) Mas então ela sai como naquele dia, naquele preciso dia, nos mandou o coração. Faz a sua estreia, e a partir daí é de todos os peitos e vidas que a aceitem por companhia. Nos últimos dias o coro das mulheres da fábrica tem acolhido algumas das minhas canções e as horas têm passado entre arrepios, pestanas encharcadas e a alegria de estar entre gente que se olha nos olhos, com entrega e verdade. As canções já são outras, são delas, são nossas. Viajaram ao fundo de outras vidas. As vidas que me trouxeram também com as canções do seu repertório e que introduziram na minha língua, no meu cabelo, na batida do pé. Grata lhes sou* Amanhã há Manifesta! Praça do Comércio de Coimbra, 19h00 em ponto! :D Abraços! Créditos imagens @tcerveira / @v2t_epicentroButton
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Quando era miúda e ia para Tróia com o meu pai adorava nadar para fora de pé. Entre o medo que dava e a alegria de o superar. Não ia para grandes distâncias, mas tentava passar sempre aquela linha dos banhistas que dividia o mundo em dois. A partir dela era como se estivesse sozinha no mar, integrando aquele azul profundo com capa de prata, que se estendia infinitamente à minha frente. Depois voltava-me para terra e lembro-me de achar curiosa a relação de cada uma daquelas pessoas com o mar, com o frio, com o medo. Mergulhos cheios, mergulhos fugidios, água pela cintura, pelo joelho ou só pelo pé. Havia para todos os gostos. Muitos anos depois descobri gostava de me deitar a fazer o homem morto. Um nome trágico para uma experiência que pode na verdade ser tão saborosa e mágica - quando se está vivo - de braços abertos a olhar para as nuvens, deixando o corpo repousar no sal e na ondulação que faz. E ontem adormeci a pensar nisto quando regressei ao quarto depois do primeiro dia de trabalhos da Residência que vim fazer com o Coro Das Mulheres da Fábrica, em Coimbra. Vim para cá com aquele medo que sempre acompanha a coisa nova, mas queria muito vir. Passei o dia fora de pé, agora a olhar para o infinito de forças que é um conjunto de 60 mulheres a usar a sua voz. Bateu forte. Mas senti a segurança que precisava para me poder deitar sobre aquela onda e cantar com elas de olhos fechados, que a beleza é o que nos torna os dias raros. Serão 4 dias de peito escancarado, que a operação é séria. E no sábado apresentamos o resultado do nosso encontro, pelas 19h00 na Praça do Comércio de Coimbra! OBRIGADA, Verão a 2 Tempos - Epicentro. Créditos imagem: @tcerveira / @v2t_epicentro @coro.das.mulheres.da.fabricaButton
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É que o amor só cresce / onde há tempo para crescer. Fiz esta música para a @beatrizfeliciofado no mesmo tempero do Dilúvio. Na mesma pergunta aflita de quanto nos vale a vida quando tudo em nós é corrida e pressa. Porque o amor - como as árvores, um projeto, um bolo no forno! - precisa de tempo para crescer. Nós precisamos de tempo para crescer, a viagem só acaba debaixo da terra. A Beatriz é uma menina, ainda, apesar do vozeirão. E vai apresentar o seu disco de estreia dia 21 de junho no CCB, num concerto com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Que seja o primeiro de tantos, que ela tem asa longa, como o seu talento. Últimos bilhetes na ticketline!Button
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Há lágrimas que não sabíamos que tínhamos. Ontem deixei muitas no Tarrafal. Pelos que ali foram desterrados sem julgamento nem sentença. Pelas indignidades que sofreram, as bastonadas gratuitas, as doenças que destruíam os corpos, os cuidados médicos que nunca chegaram, os trabalhos forçados nos músculos mirrados pela fome dos caldos cozinhados a partir de quase nada, os castigos na frigideira, o calor desumano, a correspondência desviada, as dores das famílias desmembradas, a saudade, a injustiça, a impossibilidade de gritar para pedir ajuda, a sede de água negada, a sede da vida roubada. Obrigada, Centro Cultural Português da Praia / Instituto Camões, pisar a terra triste daquele campo de concentração é episódio que fica comigo para sempre. Que as canções que ali passaram ontem possam aconchegar as almas que lá perdemos para a força ignóbil e bruta de 48 anos de ditadura. Obrigada também porque afinal me encontrei com gente com a qual o tempo se fez mais lento e bonito: @arykueka, afalcaomendes , @vandreajacky Hoje há concerto pelas 19h00 no Centro Cultural Português da Praia 🌷 entrada livre. AbraçosButton
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Obrigada, Amadora. A minha primeira memória sobre Zeca Afonso vem-me das tardes em que era obrigada a fazer a sesta. Por mim passava o dia inteiro na rua a brincar, mas pelos meus pais também tinha de comer, lavar-me e dormir. E as sestas aconteciam aí pelo meio. Mas eu não sou de grandes sonos e aquela sesta sabia-me a castigo. Até que o meu pai descobriu que eu adormecia quando ele me cantava a Maria Faia. Mas ele só sabia uma parte da letra - a parte que me cantava vezes a fio - e eu entrava naquele mantra, começava a sentir a cabeça a rodar, os olhos a quererem fechar-se... e adeus. E esta é uma memória feliz, porque apesar de não querer fazer a sesta, a companhia dele e daquela canção fizeram-me muitas tardes de carinho e conforto. E por isso, e por mais 100 ou 600 motivos, dediquei este prémio ao meu pai, que noutras tantas tardes tocava à viola o venham mais cinco e o Maio Maduro Maio e que, como a minha mãe, me deu força e vontade de fazer o meu próprio caminho. Espero que hoje o Zeca viva num lugar mais justo e mais claro, como aquele que sonhou para Portugal. Quem sabe se encontre com a minha mãe e façam um brinde pela nossa saúde e liberdade. Em minha casa tínhamos muito respeito pelo Zeca Afonso. Que bom que no Cineteatro D. João V também foi assim. Obrigada, @amadoramunicipio As fotografias são da bonita @anasofiacarvalho_photographyButton
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No sábado fomos a Peniche, 50 anos depois do dia em que foram libertados homens e mulheres que ali estavam presos por quererem um país melhor. Não tinham roubado ou tirado a vida a ninguém - eram trabalhadoras de fábricas que lutavam por salários iguais, jornalistas e escritores que repudiavam a censura, camponesas que se revoltaram com a fome dos filhos, gente politizada que defendia um Portugal com eleições livres. Homens e mulheres castigados por um dos braços mais pérfidos e desprezíveis que o poder autoritário pode ter: uma polícia política de plenos direitos, capaz de encolher um país inteiro sob o manto triste da ignorância, da pobreza e do medo. O novo Museu Nacional Resistência e Liberdade, inaugurado no dia 27 de abril, vem trazer-nos à memória os que lutaram para que deixasse de ser assim. Obrigada a quem fez isto acontecer. Vídeo: @pedroesemedoButton
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Hoje é dia de celebração no Forte de Peniche! Entrada livre, música livre! Desenho: Miguel Gonçalves 🌷🐦⬛Button
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Hoje é dia grande em Peniche, venham daí! O concerto é às 22h00 e cabem todos, sem bilhete!Button
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Sábado há concerto na inauguração do Museu Resistência e Liberdade, em Peniche! Quanta honra a minha, de pisar um chão habitado por gente tão brava e valente, que deu tanto da sua vida e liberdade por este país. Entrada livre ❤️Button
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Diga 33 | Nova canção! Perguntaram-me o que era para mim a Liberdade. Lembrei-me de algumas respostas poéticas, falei de campos de flores a perder de vista, árvores com baloiços, pássaros em voo aberto. Saíram-me rios e ondas dos olhos, lembrei-me de alguns livros. Depois reparei que há outras margens de liberdade: viver sem dívidas, estender culpas e remorsos ao sol, deixarmos de pensar que podíamos ter feito melhor. Às vezes podíamos. A maior parte das vezes não. À liberdade também ajuda que coloquemos os nossos preconceitos todos num tanque e os lavemos bem com sabão azul e branco. E que sequem ao vento (os preconceitos encolhem-nos os passos - eu sei do que falo - por isso façamos o esforço de nos livrarmos deles). Também me lembrei de dizer que é mais livre quem pode escolher como sai de casa vestido. Se vai de carro ou bicicleta, se cumprimenta as pessoas na rua. E quem usa a carteira de dias que lhe cabe em vida para fazer o que gosta, também sabe de Liberdade. As respostas são infinitas. E mesmo que a gente não saiba explicar bem o que ela é, sempre palpitamos o que ela não é. Pela negativa também se definem as coisas. Pela parte que me toca, escolhi que este 25 de abril fosse o dia de saída da canção que fiz de homenagem ao Sérgio Godinho. Pedi-lhe 33 títulos emprestados, resignificaram-se caminhos, juntaram-se parentes de sentimento. Se a Liberdade é a chamada, nunca mudemos de assunto! Música e Letra: Cátia Mazari Oliveira Arranjos e Produção: @sergiomiendes e A garota não Imagem: @miguel.goncalves.29 Bateria e percussão: @diogoarranja Guitarras: @renato_sousa_musico e Sérgio Miendes Baixo: Sérgio Miendes Teclado: Cátia Mazari Oliveira Coro: @filipa_tf , @maratguerreiro , Olinda Lima, @aruteviu , @saradoespr , @celinadapiedadeoficial , @patricia_raimundo , Ana Sequeira , @ettoimichel , @pedroesemedo , @sergiomiendes , @renato_sousa_musico , @miguel.goncalves.29 , @aplebite , Chango @livraria.poesia.incompleta Excerto Sérgio Godinho: entrevista @goncalobcorreia , @observador Viva quem fez ABRIL ❣️ Quem o faz todos os dias.Button
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A @marisaliz_oficial vem hoje tocar a Setúbal. Traz os seus Girassóis e Tempestades, disco onde se estreia a solo. E teve a generosidade de nos convidar a partilhar palco com ela nesta noite tão grande. Vou eu, a @claudiapascoal e a @aureamusica . Levo o Dilúvio e mais umas quantas mulheres. Venham daí que o Largo José Afonso é imeeennsso! 22h00 <3 A Abraços Foto: @altertecasButton
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Vamos à Amadora! Já não levo este cabelo, mas o coração tá-me a sair do peito como antes. Últimos bilhetes na bio.Button
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Um dia, algures em 2022, a @anabacalhau ligou-me a dizer que gostava que lhe fizesse uma canção, e que essa canção contasse uma história. Nunca tínhamos falado mas a Ana é familiar. Não pela linha de sangue mas pelo canal do ouvido. Há muito que lhe conhecemos o timbre, o riso, a palavra generosa. Fiquei feliz quando me ligou. E não tive de pensar muito, o texto foi nascendo de um lugar comum de desafio, de força e combate - foi nascendo a partir do nosso país, da história de quem cá passou, de quem cerrou os dentes e deu o seu melhor - e felizmente foram muitos a dar o seu melhor: homens e mulheres sem medo que a igualdade de condições, prazeres e direitos desvirtuasse a pátria… e a família. Compreendendo que sempre que elevamos alguém…crescemos com isso! Por nos darem tanto é uma canção de agradecimento. Sai dia 17 e o @j_o_a_o_p_o_m_b_e_i_r_o fez-lhe estas bonitas imagens. Bom domingo <3Button
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Ontem fui a uma consulta em Lisboa e o médico, depois de atender 3 chamadas mais ou menos supérfluas à minha frente, perguntou-me: onde vive? Em Setúbal, disse-lhe. Ah, Setúbal! vou lá muitas vezes almoçar. É uma bela cidade, disse de sorriso aberto. E no momento seguinte fechou a expressão: É uma bela cidade mas tem um grande problema. E calou-se, à espera que eu concluísse a sua charada. E eu comecei a dizer disparates como hipóteses, adivinhando onde é que ele queria chegar. Foi acenando que não com a cabeça e aí aconteceu a tremenda revelação: o problema é aquele bairro. Respirei fundo e falei-lhe de muitas coisas. Há momentos em que grandes médicos se transformam em pequenas trilobites. Não reproduzo para vos poupar. Queria dizer com isto que hoje saiu notícia do Prémio José Afonso. Agradeço muito. O Zeca Afonso (como o meu pai, como o Sérgio, como o ZMB) foi um homem que, na arte e na vida, me mostrou a não deixar passar. A não permitir. Que a ignorância e a desfaçatez precisam de ser acolhidas com muito cuidado, com muito combate. Obrigada, abraços!Button
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Num dia desalentado escrevi sobre o flagelo da vida passada a recibos verdes. Tinha 35 anos e não conhecia outra realidade. Dar tudo o que tinha em cada coisa que fazia e encontrar uma balança tão revoltantemente desequilibrada entre direitos e obrigações, num Estado que me empregava, que me exigia contribuições ridículas face ao que recebia, mas sem alguma vez me reconhecer o direito de ficar doente, ou de ter subsídio de alimentação, horas extra, férias pagas, ou subsídio de desemprego. Nesse dia chorei a partir de muitos lugares. Do lugar da mágoa, da raiva, da frustração. E pelo meio disso lembrei-me de um mural que havia no meu bairro. Era feito de cravos e tinha escrito Liberdade! A Liberdade que agora me faltava - a Liberdade que o trabalho precário, desvalorizado e mal pago me retirava. Muitos anos mais tarde a Helena de Sousa Freitas trouxe-me o mural de volta. É a ultima fotografia que se vê aí em baixo. Quando abri o email dela e vi esta imagem aconteceu-me um daqueles arrepios das profundas, de quando vamos lá atrás e se interrompe o presente. Há umas semanas este muro, exatamente o mesmo muro, foi novamente pintado. Houve ligeiras alterações ao figurino dos ‘trabalhadores independentes’ mas os recibos verdes continuam a saber muito mal a quem os passa sem poder escolher outra coisa. Falamos muito de liberdade mas andamos com algemas nos pés. Obrigada ao projeto “Histórias que as Paredes Contam”, por trazerem cor e mensagem a este muro cinzento. Obrigada a quem deu do seu domingo para que isto acontecesse. AbraçosButton
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Há quem traga mais um, há quem traga um conjunto. É assim o João Gesta. São assim as suas Quintas de Leitura: surpreendentes espaços de reunião e asa, de liberdade e casa, onde a poesia se faz a partir de tudo o que se manifeste em cada um de nós. Obrigada, Gesta, somos-te gratos. Fotografias: © Pedro Sardinha/TMP Imagens projetadas: Ana DeusButton
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Balada da Rita A Rute um dia teve uma filha a quem chamou Maria Rita. Deu-lhe este nome por causa de uma música do @sergio.godinho.oficial Gosto de pessoas que escolhem nomes porque um dia se apaixonaram por canções A Rute um dia apaixonou-se pela Balada da Rita. E agora não dá para cantar a Balada sem me lembrar da Rute e da sua Rita. Não aconteceria, se a Rute tivesse chamado Matilde ou Constança à Maria Rita. Mas foi como tinha de ser. E acho que ela acertou em cheio. E quem tratar de a amar saberá estancar o seu sangue saberá erguê-la do chão. 💌 Obrigada por mais um registo @nuno_g_martins 🥲Button
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Ontem o @sergio.godinho.oficial voltou ao @coliseudosrecreios e levou-nos a todos consigo. Fiz-lhe uma canção para lhe agradecer por tudo, pelos mais de 50 anos de canções que nos tem dado. Pelos livros, pela esperança, pela comunhão que acontece de cada vez que nos fala. Esta letra é feita a partir de 33 títulos de canções suas. Ao Sérgio, o que pudermos dar é pouco. Que ele em nada se poupa, dá tudo o que tem. Diga 33 Espalhem a notícia na Lisboa que amanhece se O galo é o dono dos ovos à mulher, o que acontece? Cão raivoso, Aguenta aí! a tua fala é uma Emboscada Tem Embalo e Matraquilhos E sabe A Noite Passada Liberdade, Dias úteis Horas extraordinárias Etelvina, Rita, Alice tantas lutas necessárias Cuidado com as imitações e as Bíblias desse deus ateu Há bilhetes de ida e volta Salazar nunca morreu Toca e foge, Não respire! Mais uma canção de medo Antes o poço da morte Do que cantar em segredo! Liberdade, Dias úteis Horas extraordinárias Homens de sete instrumentos tantas lutas necessárias Pode alguém ser quem não é? se for só Contrafacção? quando o Lobo vai à missa… sai de lá um Charlatão Obrigada, caro amigo pelo Elixir de amor plas Canções que são abraços ao partir, Parto sem dor Até domingo que vem! O sonho não será defunto! Se a liberdade é a chamada nunca Mudemos de assunto! Obrigada pelo registo, @nuno_g_martins 🩵Button
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Hoje fui à sede do @osetubalensejornal buscar o meu Golfinho de Ouro! E devo dizer-vos: um prémio dado pela nossa cidade tem um gosto mesmo especial. A primeira vez que vi um golfinho foi num ferry-boat, na travessia para Tróia, onde passei parte generosa da infância. Tudo ali era possível. Dar mergulhos voadores, juntar exércitos de carochas para depois as ver partir, comer gelados de laranja, andar sempre em tronco nu. Três meses de liberdade, em férias de verão que nunca mais acabavam. Até que acabaram. Um dia chegaram os catamarãs e toda a revolução paisagística do lugar. Foram torres abaixo, ergueram-se novas, redesenharam-se os caminhos de acesso às praias que sabíamos de olhos fechados até deixarmos de os conhecer de olhos abertos. Tróia tornou-se inacessível à população. O canal do rio Sado não alargou; o preço dos bilhetes é que subiu desavergonhadamente, até excluir os que não interessam. Perdemos a praia que era de todos. Tróia está a ser vendida a retalho. As dunas (e a sua flora e fauna) têm sido - estão a ser - arrasadas pela construção de condomínios de luxo. E isto não é novo. Mas a segregação social desta nova gestão, é. Porque nunca antes a população foi posta de lado. É uma separação em que o passaporte é a carteira. Quem está a explorar Tróia comprou o seu edificado e construiu novos hotéis e valências, mas não comprou a praia. Não pode decidir quem atravessa o rio, não pode decidir quem entra e respira no espaço público - no espaço de todos. E à boca de mais uma época balnear (e com as praias Arrábidas completamente lotadas), está mais do que na altura de rebentarmos com esta bolha de privilégio. Mas precisamos que a classe política local queira posicionar-se num bloco unido, forte e bem mais assertivo do que tem sido até aqui. E precisamos também, cada um de nós, de fazer mais do que falar em esplanada e facebooks. O grande ponto não é sobre ir à praia ou não. É sobre Portugal. É sobre soberania ameaçada. Obrigada O Setubalense e @RádioPopularFM90.9 E que a gente nunca deixe de poder ver golfinhos ao final da tarde, ao sair da praia.Button
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Hoje em dia confundimos muitas coisas: entretenimento com jornalismo. Fogo de artifício com trabalho. Mau gosto com assertividade. Estupidez com verdade. Pouca vergonha com salário. Precisamos de jornalistas. Um país livre precisa de jornalistas. Vou estar hoje a partir das 18h00 com o @sergiomiendes no Largo Camões a participar na greve geral dos jornalistas. Participem, que a democracia precisa de um país que se importe.Button
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Quem tem medo de Zurita de Oliveira? Há um documentário a acontecer que resgata do apagão da história da música em Portugal uma figura sobre a qual nunca tinha ouvido falar. Fosse ela a primeira mulher a fazer música com tupperwares para donas de casa e talvez a história lhe fosse mais favorável. Mas não, era mulher e teve o atrevimento de fazer música rock no Portugal dos anos 60. Compunha, escrevia, cantava e fazia solos de guitarra, à frente da banda que formou e que fez seguir estrada fora, de norte a sul do país. E a @francisca_marvao , já experimentada nestas coisas da história seleccionada (é dela o filme sobre as mulheres e o rock em Portugal) propôs-se agora trazer à fala um pouco desta Zurita que ninguém conhece, num documentário onde temos sido muitos a participar. Mas precisamos que a participação seja maior e por isso este sábado, 16 de março, a @smup_parede vai receber uma festa para angariação de fundos para a finalização do projeto. Haverá concertos com: ✨ @mariana.b.camacho ✨ @damabete ✨ @frik.sao ✨ @anarchicks ✨ CIGARRA ✨ PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DAS ZURITAS ELÉCTRICAS . 🎯 OFICINA COM RITA NABAIS - Histórias do Rock para Pais Fanáticos e Filhos com Punkada . 🎯 EXPOSIÇÃO SARA FRANCO Para mais informações: @zuritadeoliveira.film @umaovassociacaoButton
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Nesta foto tou com cara de quem ficou a meio da palavra mandinga, mas o convite é sério: vai haver encontro na @spautores esta quarta-feira com pequena conversa e 3 ou 4 canções. Se não tiverem que fazer e com vontade de ver o @sergiomiendes , apareçam :) Eu também hei-de aparecer (e com os lábios noutra consoante). Um abraço!Button
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Ficar um brilhozinho nos olhos Quem me vai acompanhando sabe que gosto de partilhar novos projetos e talentos. A semana passada dei com este rapaz - @sergio.godinho.oficial - a dar uma entrevista sobre o espetáculo que está a preparar para apresentar nos Coliseus. Ainda a começar a carreira e já os Coliseus?, pensei eu. Adiante: achei boníssima a conversa, fresca, com graça. Boa cabeça. E no final passaram uma das suas canções. E aí.... aconteceu-me o primeiro dia do resto da minha vida. Achei por bem partilhar convosco, não vá algum de vocês ter perdido aquela entrevista ;) Lisboa já está esgotado! Porto, os últimos bilhetes estão à vossa espera! AbraçosButton
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Cresci com esta voz que falava dos anos noventa bem medidos, do corpo em câmara lenta, dos corações mais distraídos, da matéria mais cinzenta. Uma voz que mais tarde me voltava a surpreender com o curativo saído de um disco-pérola chamado Mínima Luz: diz quem procura uma cura / que ela está dentro do mal / no veneno que é das flores / nos muros duros de ouvido / e no perfume das cores. Os Três Tristes Tigres estão aqui faz tempo. E sempre que voltam trazem à vida e à arte novas possibilidades. E isto é raro, porque difícil. Foi uma grande alegria ser chamada por eles a participar neste Exodus. Todos nascemos migrantes. Todos nascemos migrantes. Obrigada, Ana Deus, Alexandre Soares, Regina Guimarães. https://www.youtube.com/watch?v=hMeiVUhqMswButton
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Há vídeos que ficaram por publicar e está na hora de meter isto em pratos limpos, que o fim/ princípio do ano é propício a balanços, fechos de contas sentimentais, promessas, e todo o tipo de listas de boas intenções para um ano melhor. É também um tempo bom para resgatarmos coisas que deixámos para trás só porque afinal não conseguimos fazer tudo ao mesmo tempo. Mas foi bonito o momento, aquele em que em pleno @maatmuseum se flanou sobre literatura e poesia, que outra coisa não são que a vida sob outro nome. Em tudo lhe sobrando, em tudo lhe faltando, que o poeta, por muito obstinado, virtuoso de palavra e sensível que seja, nunca poderá colocar no papel aquilo que a alma angustiada sente quando o corpo a mergulha no mar salgado. Obrigada, Chango, pelo convite @livraria.poesia.incompleta @sergiomiendes @pedroesemedo @valverdeverdeverdeButton
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Dos RP’s: Noutras publicações falei dos amigos, dos técnicos, dos convidados que - com o seu trabalho e talento fazem os projetos crescer. Mas há outras frentes semi-invisíveis, como a da comunicação e promoção - a casa onde conheci a @saradoespr e o @ricardojsilvar, que, para quem chega como a maior parte de nós à praça, sem editora nem patrono, são pessoas chave. Foram para mim, para que a minha música chegasse a mais lugares, e nesses lugares se fossem multiplicando os ouvidos. Não temos fotografias juntos - o que é uma pena. Mas tenho este cartaz com muitas das paragens onde estivemos - onde eles nos ajudaram a estar. Abraços Design @jerikodesign Fotografia @detroinoButton
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Dos técnicos: É também deles um quinhão significativo do que acontece em cima de um palco. Raramente os vemos quando vamos a um concerto. São uma presença discreta, quase invisível. Mas eles estão lá: - na régie, depois dos testes da tarde, onde cuidam do som e da iluminação, potenciando os talentos dos que estão em palco e amenizando as suas fragilidades. - nas laterais de palco, encobertos, de roupa escura e silenciosamente. Têm malas equipadas com tudo o que tem à mão um bom discípulo de MacGyver: máquinas de soldar, alicates, fitas de natal, poemas de António Aleixo e Irene Lisboa, pasta de dentes, canivetes suíços, crina de cavalo, fita gafa, pétalas de rosas apanhadas na Bulgária, conchas virgens de Tróia, marcadores fluorescentes, cordas de guitarra prontas para entrar em campo e um saco extra de sangue frio, que as pontas que às vezes seguram são tantas que não lhes basta o que corre no corpo. São os técnicos de backline e roadies, profissionais de mão cheia que montam e desmontam o que aparece em palco tão pronto aos olhos de quem se senta na plateia, que fazem trocas de guitarras, ligam amplificadores, assistem a tudo quanto acontece naquele espaço-tempo que é um concerto (incluindo pós e prés). - E depois ainda há quem trate da produção, do catering, da condução, das relações em todas as frentes. São os produtores, doutorados em diplomacia e bom ambiente - diploma prático, obtido em muitos e efetivos sábados de estrada e trabalho. - E no meu caso, além dos que já referi em cima, ainda tenho a felicidade de ir-indo, sempre que dá, com quem trata da fotografia e do vídeo, faz telediscos, opera projetores, regista, reforça, embonita. Lembro-me da Adília Lopes e penso que tenho um tríptico de sorte: é que além de serem bons profissionais, são bons seres. E é isso que torna as pessoas sexys!… Não é tudo um mar de rosas, mas poderá isso ser? Obrigada Sandra Cardoso, João Gabriel, Vasco Cabeçadas, João Moles, Mário Guilherme, Hugo Valverde, Joana Mário, Ricardo Costa, Pedro Semedo, Roger Madureira. Imagens: Mario Guilherme - Director Of Photography, Pedro Estêvão Semedo e Nuno BatistaButton
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Estive uns dias em reflexão - e a recuperar de maleitas derivadas do rodopio - e no entremeio o Pedro fez-nos este recap dos concertos do CCB e da Casa da Música. Vejo isto e sinto tantas coisas diferentes! Como foi para vocês? Teve direito a lágrima? Viagem a algum lugar? Resolução de dia seguinte? Bocejo de tédio? Bexiga em desespero? Como foi para vocês? Gostava de saber :) AbraçosButton
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A música, como o amor, acontece de múltiplas formas, nomeadamente em ilustrações. Estas foram feitas pela @cristinavianaillustration para algumas das canções do disco 2 de Abril. São 6, Edição limitada, numeradas e assinadas: - Há quem traga um conjunto - O tempo passa tipo míssil - Vem em expedição ao centro do meu corpo - O amor é bom - Tanto Talento gasto em vão - Vou dizer-te sempre que sentir saudade Onde estão elas? Aqui: https://agarotanao.bandcamp.com (link na bio) PRINTS A GAROTA NÃO X CRISTINA VIANA DIMENSÕES: IMAGEM 397X300 / IMAGEM COM MARGENS 485X330Button
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Então! Habemos Vinil 2 de AbriiiiiiL! É duplo, colorido a verde e magenta, tem um booklet muito lindo desenhado pela Ana Polido e foi produzido pela @grama_pressing - única empresa a fazer cá disto, em PT. As encomendas neste momento são exclusivamente feitas através do Bandcamp (link na bio) É lá, no Bandcamp, que encontram também: - as últimas unidades do VINIL RUA DAS MARIMBAS - e os prints/ ilustrações que produzi em parceira com a Cristina Viana. Até já :) PS: não fazemos encomendas por instagram, facebook ou WhatsApp. Por incapacidade, mesmo.Button
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Oh, @casadamusicaporto , que noite valente e valiosa! Oh, @veravista @sandra_baptista_ , @renato_sousa_musico , @iuri_perc , @sergio.godinho.oficial , @epmespinho , que alegria no nosso encontro e abraço. Há um movimento a acontecer, há muita gente que quer ser mais do que a gente que fica atrás de um monitor, muy heroicamente, a maldizer tudo e todos, fazendo aquele absoluto nada pelo seu vizinho, pelo seu bairro, pelo país que tanto critica. Insurgindo-se ou comentando jocosamente a vida dos outros, o lugar de escolha dos outros, a fala dos outros, o pensamento que alguém expressou sem que como gente que valha, tivesse tido algum dia o seu próprio pensamento a respeito de coisa importante, como tantas há, que nos convocam a todos. Há muita gente a querer mais deste tempo, dos anos que teremos pela frente. Este agora tão duro e tão frágil em que estamos. Temos sonhos e vontade. E um lugar coletivo por cuidar. Abraços, Obrigada por tudo. Imagens por @pedroesemedo e @marioguilhermedopButton
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Uma adorada amiga lembrou-me outro dia deste jogo de “polo aquático” que fizemos há uns anos. Estava na baliza de castigo porque ia partindo o nariz ao namorado dela com um remate mais apaixonado que me saiu. Ser intensa tem destas coisas. Hoje tocamos na @casadamusicaporto, é o último concerto desta tour. E prometo, vamos dar tudo. O concerto começa às 21h30 em ponto. Venham com tempo, que o início é fundamental. Abraços 💌Button
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Dos amigos: Um dia ele disse-me o que alguém importante lhe tinha dito muitos anos antes: toca com os teus amigos. Percebi. Já me acontecia, talvez por ser reservada, talvez por me sentir mais protegida. É que com amigos a gente discute e bate de frente com o desacordo. Mas é tão grande o desconforto que ainda a noite não chegou e já nós estamos a olhar para fora da nossa janela a ver se há luz ou alguma bandeira naquela casa que também é nossa, que conhecemos bem. Vamos crescendo em conjunto, somos limitados na apreensão do redor. Forçosamente limitados - porque não somos ubíquos e o caminho da sabedoria é sempre inacabado. Os nossos olhos dão-nos muitos mundos, mas nunca nos poderão dar os mundos todos. Pedimos desculpa. Às vezes falamos, outras vezes um abraço. E depois há os caminhos que vamos levantando e as pessoas que nele estavam já caminhando, a colher flores e frutos de muitas épocas, a replantar com a calma macia de quem confia no tempo, a flanar entre cães e livros, a bater palmas com força para espantar os corvos - que ficam mais bonitos de asa solta, preta-azulada como o fundo do mar. Foi de todos estes amigos que se fez o concerto do sábado passado no CCB - e a todos eles desejava eu teletransportar para o Porto, para fazermos mais bonita a festa. Mas a vida tem os seus caprichos - deu-nos o dom de sonhar mas não o da desmaterialização temporária, não é vero @sandra_baptista_ , @sergio.godinho.oficial , @renato_sousa_musico , @iuri_perc , @lucargel @francisca__camelo , @epmespinho ? E daí quem sabe. :) Até já, Porto! @casadamusicaporto As fotos são da @marisacardoso Marisa <3Button
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Para o Centro Cultural de Belém, com amor. Passei meses a sonhar os concertos de fecho do disco 2 de Abril. Quando digo sonhar quero dizer daquele estado bem acordado e consciente em que comecei a escrever todas as ideias que me aconteciam. Do vídeo ao cenário, da iluminação às sonoplastias. Das tantas pessoas que adoraria ter em palco comigo nessas noites. Das maneiras como poderia desenhar um alinhamento-narrativa que valorizasse o lugar de cada canção. Para que depois de quase 100 concertos com este disco, ainda pudesse ser uma noite rica, rara, diferenciada. E escrevi muito e doidamente. Depois chegaram as semanas em que os pés se foram aproximando do chão e percebi que sonhar faz bem mas que a moderação é uma arte - e um belíssimo sistema de preservação humana. Então despedi-me de alguns desvarios e pulverizei os cadernos de apontamentos com perfumes mais suaves e muita calma. Até que chegou o ponto - aconteceu perto do início de novembro - em que soube exatamente o que queria fazer. O que veio a seguir foi dar esqueleto a essas ideias e botá-las em pé. Foram muitas dezenas de emails, reuniões, whatsapps, conversas. Com técnicos, amigos, realizadores, convidados e equipa. Fui arrumando melhor cada assunto, ouvindo, melhorando, aceitando, resistindo. No dia 2 estava cansada mas feliz com o que tinha para entregar. Desculpem se foi demasiado longo. Obrigada também por se terem / nos terem entregado tanto. Noutra publicação falarei dos convidados, que o texto vai longo e tenho sobre eles um tanto que dizer. Este sábado, 9 de dezembro, estaremos por fim na @casadamusicaporto para cumprir o derradeiro concerto. Começámos em Coimbra, mareámos costa acima e abaixo com o rio sado na garganta. E é no Douro, rio irmão, que terminamos a nossa viagem. Venham. Com ondas e flores no peito <3 As boníssimas fotos são da @marisacardosoButton
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Chegou o dia! Hoje temos encontro marcado no CCB <3 O concerto começa às 21h00 em ponto. Venham com tempo para estacionar e sentar sem correria, para saborearem um pouco melhor a vi(n)da. Ah, e também porque prepareuma playlist de propósito para este dia. Chama-se Setúbal não é só choco frito. :) Estou feliz por vos saber connosco. Tragam abraços para a troca, eu tenho muitopara vocês. 💌 🦕 Há uns dias estivemos no @municipiolourinha.ig , terra da melhor aguardente, dos dinossauros e de boa gente. E trouxe de lá estas lindas fotografias, que o querido Rafael Malvar @hyggedoeste nos ofereceu.Button
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Este ano tive muitos presentes. Tocar com este tão jovem ensemble foi um dos mais preciosos. O prédio ficou muito mais alto @epmespinho <3 O vídeo é do @pedroesemedo , como sempre. Não por hábito, mas porque ele os faz muito bem.Button
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E chegam por fim as últimas viagens da traineira 2 de Abril! Este sábado estaremos no CCB. Quem vem, quem? Temos surpresas tão boas para vocês 💌Button
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Vou estar com este e outros bonitões ( @ruidavidluis @tiorexmusic @celinadapiedadeoficial ) daqui a pouco na vigília pelo Serviço Nacional de Saúde que vai acontecer junto ao hospital de S. Bernardo, em Setúbal. Porque queremos cuidados médicos dignos para todos. Médicos de família para todos, profissionais bem preparados e bem pagos, investimento em investigação, hospitais a funcionar integralmente, sem fecho de serviços pela exaustão das equipas, tanta é a falta de recursos humanos. Queremos serviço público! Venham também!!Button
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Na próxima sexta feira (17 nov) vai acontecer uma vigília importante junto ao Hospital de S. Bernardo, Setúbal. Médicos, enfermeiros, auxiliares, comissão de urgentes, sindicatos e câmaras vão lá estar a reivindicar que se olhe para o Serviço Nacional de Saúde com respeito. Que se tratem funcionários e doentes com a dignidade que está a faltar todos os dias. De esperas infinitas, atendimentos negligentes e desmarcações repetidas por falta grave de recursos humanos, a situação tem vindo a ficar cada vez mais difícil e revoltante. A gente vê na televisão e sabe que o cenário se repete em vários pontos do país, e se não fizermos alguma coisa enquanto o SNS ainda não está completamente entregue a empresas privadas, depois pode ser tarde. A vigília vai acontecer entre as 19h00 e a meia noite. Eu, a @celinadapiedadeoficial , o @ruidavidluis, @tiorexmusic e @sergiomiendes vamos lá estar às 19h30 para tocarmos umas canções e darmos a força que pudermos ao momento. Venham também, venham! Valem cartazes, faixas, lonas. Tudo! Abraços 💌Button
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É na @livraria.poesia.incompleta que existem as últimas unidades do disco Rua das Marimbas (versão CD). É lá também que habitam alguns exemplares dos mais belos e desafiadores livros de poesia levados à estampa. Fora os clandestinos, os nunca editados, os apenas sonhados. Os que não interessam a ninguém, malditos, repudiados e os que caíram nas graças de toda a gente - conhecendo reedições, críticas inflamadas, elogios planetários. Bem quistos e con-sagrados, nascidos antes de Cristo, de preferência. Bom de ver: há para todos os gostos e para quem tem gosto nenhum - a não ser o de encontrar na poesia algum divertimento, regozijo, antídoto. Algum consolo para os dias que vamos comendo ao jantar enquanto evitamos ligar a tv. Aviso: à frente deste esquadrão vão encontrar personagem que ao mesmo tempo estremece, apaixona e desarma: dá pelo nome de Mário Guerra (Changuito para os amigos - raros entre os humanos). Rapaz louco o suficiente para ter criado não apenas uma livraria … mas uma livraria dedicada … a poesia! Situa-de a dita: na Rua de S. Ciro 26, em Lisboa. Aberta de terça a domingo entre as 11 e as 19h49Button
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Obrigada, Sociedade Portuguesa de Autores. E sobretudo obrigada a vocês aí desse lado, que têm vindo aos concertos, reclamado com as rádios para que sejam espaços mais democráticos, comprado discos, dado o vosso apoio de tantas formas. Abraços 💌Button
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Transcrevo (desafiando-vos à visita): A @casafernandopessoa é a casa que foi habitada pelo escritor nos últimos 15 anos de vida. Tem uma exposição em três pisos, sobre a vida e obra do poeta e uma biblioteca especializada em poesia mundial. É um lugar de literatura que cruza memória, criação literária e leitura. Fica em Lisboa, no Bairro de Campo de Ourique. E foi lá que estivemos há uns dias, no Lisbon Revisited, Festival Literário que integrámos com prazer e honra. E connosco levámos Florbela Espanca, @joaoquadros2 , José Carlos Barros, Márcia, Fiama Hasse Pais Brandão, Camilo Castelo Branco, Mário de Sá Carneiro, Sérgio Godinho, Eugénio de Andrade. Não calhou levar Hélia Correia mas trouxe-a comigo para Setúbal, que há pessoas que nos entram pelo quarto adentro com uma delicadeza e bondade tão grandes que nunca mais as deixaremos ir embora. Foi uma tarde de chuva tão feliz. As fotografias são do @vitorinocoragem / Casa Fernando Pessoa. Abraços <3Button
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Estes bebés estão a chegaaaar! Rua das Marimbas em VINIL, que coisa linda! A edição é limitada (não pelo prestígio mas pela capacidade de investimento 😅). A partir de segunda-feira à solta por esses caminhos. Quem tiver interesse em saber preços e envios: encomendasgarota@gmail.com Vão receber msg automática com as infos, está tudo bem. Não é bote 📣 Não me mandem msg privada por aqui, por favor. Que preciso juntar tudo só num canal. Design @a.n.a.polido Produção e vídeo @grama_pressingButton
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Loulé Fechámos ontem o ciclo de concertos-manifesto do @festivalpolitica . Foi um espaço importante para mim neste ano corrido, assentou-me. Ir lá atrás às nossas memórias pode ajudar-nos muito a fazer o caminho que vem, se formos justos com os nossos erros e falhas, com as nossas dores. São bons pontos de partida. Não temos de carregar baldes de mágoas, culpas e remorsos para sempre. De vez em quando podemos lembrar-nos que eles existem para nos manterem atentos em alturas mais desavisadas, mas é bom que saibamos passar ao largo, a bem do dia que começa e do que está aí por construir, que é tanto. Ontem depois da apresentação e já de saída do @cineteatrolouletano encontrei 4 professoras. E ouvir uma delas dizer, com lágrimas nos olhos, que aquilo a tinha repescado e dado forças para não se calar perante a realidade da sua escola, fez-me a noite. E o dia de hoje e amanhã. E os próximos… que a maior riqueza desta vida de estrada, é esta possibilidade de nos inspirarmos e desafiarmos uns aos outros, pele e ossos adentro. Volto para Setúbal desassossegada e feliz. Desta vez de carro, que o temporal dos últimos dias não deixou a traineira sair do cais. Obrigada Sérgio Miendes, sempre cá. :) Abraços. 📸Alexandre EliasButton
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Há pessoas que contribuem para o rasgo dos lugares. Na @epmespinho uma delas chama-se @andretiagogomes. Por culpa dele partilhámos aventura com um ensemble de 15 cordas, e gostámos mais que muito, que ao fim de dezenas de concertos ainda vem o prazer de redescobrir algumas canções. Aconteceu com o Prédio mais Alto, a Canção a Zé Mário Branco, Não sei o que é que fica, e este Dilúvio, que aqui serve de fundo a este vídeo-registo, com o som gravado em direto, de chapa, com imperfeições, mas sentido com verdade. Obrigada ao Francisco Ribeiro e ao @nunocuadra pelos arranjos belos e gentis. Obrigada ao professor Trevor e a estes jovens músicos, pelo quente que me deixaram no peito. 🎥 @pedroesemedo 🦩 AbraçosButton
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E no fim duas palavras só porque contêm em si milhares de outras e a todas suplantam no sentimento: - Muito obrigada. @ccbelem e @casadamusicaporto - Esgotados. 🎥 @pedroesemedoButton
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Espinho: Gosto de cidades onde gatos e cães de rua - não tendo as famílias que os ganhem - têm pelo menos vasilhas de água e comida espalhadas pelos cantos. Gosto de paredes desenhadas, das memórias que invocam, das frases-poema que nos chamam a estar presentes exatamente ali, naquele perfeito momento. Gosto do colorido extravagante dos barcos de pesca, dos nomes das filhas escritas a molde, dos nomes dos sonhos pintados na madeira que enfrenta todos os mares. Gosto de acordar muito cedo e ver o céu em fogo. De caminhar enquanto as chamas desse sol nascente me inundam por dentro. Gosto de chaminés. Lembram-me Setúbal - porto seguro. Lembram-me da avó que só conheci pelas histórias que a minha mãe contava nos anos das fábricas de conserva. Em Setúbal, como em Espinho, chegaram a ser centenas. Como em Espinho, hoje não resta nem uma. Ficaram as chaminés, as mãos cortadas nas latas, no gelo, na amanha do peixe. Enriquecemos muitas casas com o trabalho das nossas mulheres - mulheres em cujas casas faltava sempre tanto. Gosto de tanques de roupa, lembram-me dos dias em que ainda lá cabia de cócoras e a minha mãe, para grande alegria nossa, nos dava banhos de sabão azul e branco no parque de campismo da Toca do Pai Lopes. Gosto de estendais na rua e do que representam. Que a paz de um bairro não se faz de esquadras de polícia nem de alarmes da Securitas. Mas da confiança de podermos deixar portas e janelas abertas nos dias quentes, carros distraidamente destrancados, roupa estendida num conjunto de cordas agarradas em paus toscos, que usa quem quer. É uma visão romântica. Prefiro assim. Levo de Espinho uma alegria grande, que contrasta com o céu desta manhã de estrada, onde descemos ligeiros. Uma alegria feita destas paisagens que vos descrevo, mas sobretudo do concerto que aconteceu ontem. Conheci miúdos para quem a música é mais do que uma opção. É uma necessidade. E isto deixa-me muito entusiasmada com o futuro da música em Portugal. Obrigada, @epmespinho , por esta tão saborosa provocação. @auditoriodeespinho 📸 de concerto Carlos OliveiraButton
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Espinho recebe Setúbal para a 38ª jornada do campeonato ❤️🔥 O árbitro já avisou que em vez de cartões amarelos e vermelhos levará consigo uma cartolina a dizer “Casa comigo, @sergiomiendes !” O Setúbal preparou um alinhamento fortíssimo e vai entrar em palco num esquema de 3 + 15 com o maravilhoso Ensemble de Cordas da @epmespinho . A treinadora justifica a opção do extraordinário número de players com a necessidade de fazer frente à exigente plateia de espinhenses que esgotaram o estádio antes mesmo dos bilhetes terem sido postos à venda (sensacionalismo :P) Partida transmitida hoje em direto no Auditório da Academia de Espinho, a partir das 21h30. Vídeo RTP Arquivos Programa Domingo Desportivo 1988 Vitória Futebol Clube vs Sporting Clube de EspinhoButton
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Ando com umas viagens em atraso. É que a vida está rápida de mais para o meu passo. Mas faltou-me dizer: Obrigada Albergaria-a velha / @cineteatroalba , que desconhecido lugar tão bom, tão ávido e generoso. Obrigada Castelo Branco / Cineteatro Avenida, pela ciranda tão cheia de prendas e abraços, pelo concerto que se foi fazendo quente na escuta silenciosa de quem sente. Obrigada Leiria, que as pedras, como dizia o @garridogui , devem servir muito mais para criar pontes do que para construir castelos. Parece muito óbvio. Devia ser, mas não é. Foi um prazer imenso conhecer um bocadinho do mundo @omnichord.pt De resto, agradeço aos lugares para vos agradecer a vocês. Que a melhor materialização destes longos dias de estrada é encontrar-vos nos concertos. Abraços. Cred. 📸 <3 @idalecio.francisco // @joaonunosilvaButton
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@festivalpolitica Foi uma revolução interna preparar o concerto-manifesto do Festival Política. Hesitei de contar o que foi sendo a vida, mas a vulnerabilidade, a tristeza, o desencanto são espaços de aprendizagem infinita, se os soubermos ver de vários ângulos. E partilhá-los aproxima-nos do essencial: de um estado de humanidade menos vaidoso e presumido, tira-nos camadas, traz-nos mais humildade e paz aos dias. Obrigada a quem esteve ontem e a quem leu para o conjunto. Ótimos leitores. Foi uma linda viagem. Abraços de domingo, que são mais demorados. Hoje há manif pela habitação. Estaremos em Lisboa. 📸 Miguel AndradeButton
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422 milhões. No final de cada semestre a comunicação social traz-nos a boa nova: as gasolineiras continuam a conseguir crescer nos lucros. Sorrimos, temos feito um bom trabalho como accionistas destes cartéis. Contam-se aos milhões. E nós sempre a entregar. Pagamos o custo do petróleo e da importação, o custo da transformação do petróleo em gasolina e gasóleo e a margem de ganância de cada posto. E depois pagamos também impostos ao nosso país: há o IVA, o Imposto sobre Produtos Petrolíferos, as taxas sobre emissões de dióxido de carbono e a contribuição do serviço rodoviário. Todos sabemos disto!…………… Não, claro que não sabemos. Que sabemos nós… a não ser que tudo isto é redundante? E pelo meio fala-se em sustentabilidade e políticas verdes. Anunciam-se metas e valores de investimento. Fala-se em transportes alternativos. Mas andar de bicicleta nas nossas cidades é penoso - não há ciclovias nem preparação para a cidadania e as bermas das estradas são corridas de obstáculos. Fala-se de transportes coletivos. Mas acontece que são insuficientes e não fazem muitas vezes a leitura do fluxo das deslocações nos territórios - e por isso não chegam a ser uma resposta real para quem quer deixar o carro em casa. A @elzasoaresoficial uma vez respondeu a um apresentador: eu vim do Planeta Fome. Eu também, e se calhar por isso é que os relatórios das gasolineiras me sabem tão mal. Obrigada aos amigos que me ajudaram a dar corpo a esta canção: @sergiomiendes no baixo e co-produção @renato_sousa_musico na guitarra maravilha @diogoarranja na bateria Abraço.Button
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Quando vamos de um lugar cada um leva consigo o tanto que lhe cabe. Obrigada, @banhosvelhos por nos terem trazido à vila de Caldas das Taipas. Coube-me um bocadinho de Rio Ave, um jardim largo onde se joga petanca, ténis, respira fresco. Onde nos sentamos simplesmente, na silenciosa e serena companhia de árvores-monumento. Couberam-me também as águas das termas pela manhã cedo, ouvidos atentos de quem vai a concertos para viver o concerto. E dos outros também, que tudo faz parte deste lugar que partilhamos. E com todos aprendemos sempre alguma coisa. Abraços já de partida. Obrigada pela chamada 💌 Até logo, Albergaria-a- Velha. Estaremos juntos no @cineteatroalba 🤸pelas 21h30. 📷 de concerto da omnipresente @aritagomes1 🦋Button
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Em Setúbal é feriado hoje. Celebra-se o dia da Cidade no dia em que nasceu Bocage, há 258 anos. Acho bonita esta combinação: Setúbal, que é muito mais do que choco frito, e Bocage, cuja obra é muito mais do que a brejeira e libertina poética que de boca a boca se vai perpetuando. Mesmo em Setúbal conhecemos pouco e mal a escrita de Bocage (por mim falo). Este ano juntámo-nos eu, o @ettoimichel , o @pedroesemedo , o @marioguilhermedop e o @sergiomiendes para dar um pequeno contributo para a divulgação do nosso poeta. E fizemo-lo num dos lugares mais riquinhos da cidade: um tesouro chamado Taberna do Fernando dos Jornais, onde há sempre um dedo de conversa para fazer e um pastel de bacalhau para se comer. Que viva Elmano Sadino :)Button
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O que é que fica? Felicidade Interna Bruta (FIB) é um indicador que propõe que a avaliação da riqueza de um país assente no bem-estar. Soa a poético e idealista: mede o bem estar psicológico, as políticas dos governos sobre atividade física e nutrição das populações, o uso do tempo na jornada de trabalho, nos períodos de lazer e nas deslocações de trânsito. Analisa a pertença e a participação, a vitalidade da comunidade, a capacidade de desenvolvimento artístico, a relação das pessoas com a natureza e os seus recursos. Estuda a confiança que as pessoas têm na justiça, no governo, nos sistemas eleitorais e na segurança. Mede a igualdade entre géneros, a liberdade de pensamento, a renda individual e familiar, o endividamento e a qualidade habitacional. Não é um indicador consensual - porque alguns dos seus critérios são bem difíceis de mensurar. Mas não é o caso da habitação - aqui o esgotamento é flagrante. E nesta canção falamos sobre isso. Sobre a nossa Felicidade Interna Bruta estar demasiado BRUTA: nas taxas do crédito habitação feitas atentado moral, no preço abusivo dos arrendamentos, e no valor dos salários - que, justiça fosse feita, deviam vir bem acompanhados de um milagrário pessoal. O meu milagrário pessoal começa com as pessoas que tenho comigo. Como as que habitam este teledisco: - o @pretu_xullaji por embarcar nesta e em já tantas outras viagens junto - a @maratguerreiro e a @coach.izadacosta por mais uma vez valorizarem o destemido elenco - a @legomes88, a @angelcgomes_ , o @aplebite, o @Shankar Neupane e o @Himal Gyawali, a Carolina e o Pedro Aleixo pela estreia tão gentil - a Sandra Cardoso, fada de todas as horas e trabalhos - o @antaleixo.filmmaker por sair de trás das câmaras e dar corpo e ideias ao manifesto - o @pedroesemedo e o @marioguilhermedop por estarem desde o início na primeira linha deste desafio que é pensar um teledisco como um elemento que acrescente - que sirva a canção mas que sobreviva para além dela, que a melhore, complemente, acicate - o Miguel, por finalmente ter chegado e ajudar em tudo o que pode. Dia 30 há manif pela Habitação.Button
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10 setembro - @feiradolivrodoporto São 08h30: em Setúbal ligam-se os motores e arranca-se rumo à Invicta cidade. Chove pelo caminho, aPortamos às 13h00. Almoçamos, fazemos montagens, testes de som. Chuvisca. Pára. As pavoas dos Jardins do Pálácio de Cristal passeiam suavamente seguidas das pequenas crias, no seu movimento pendular de pata sobre pata, convivendo com os stands de livros, as conversas, os muitos visitantes da Feira. O chuvisco carrega, a gota engrossa. Cobrem-se instrumentos com mantos de plástico, diligenciam-se guarda-sóis-de-chuva para o palco, para que o concerto possa acontecer. E as pessoas, que solução há? Não havia. O ar livre tem esta saborosa particularidade do imprevisível. A meia hora do concerto começar a gota engrossa mais. Não havia plano B e não concretizar não era possibilidade, porque não tínhamos vindo de tão longe para regressar sem deixar o que havia de ser entregue. Por isso só restava um caminho: aceitar o que viesse. Há dias em que olhamos mais fixamente o céu, ele nunca se repete. Como nunca se repete um bom poema, ou um copo de vinho, ou um amigo. O céu também tinha a sua entrega a fazer - e à hora do concerto, 19h00 - chovia. Mas o Porto tem magias de druida, como a canção do Fausto, e pouco depois de entrarmos, a chuva estancou. Como se a plateia se tivesse reunido em silencioso entendimento à volta daquela concha-palco, criando um halo protector onde não havia de chover mais. E não choveu. E se um concerto é uma relação de 50/50 onde palco e público se encontram e partilham em fluxo bidirecional, ontem o público foi mais do que a conta que lhe cabia. Deram-nos tanto!… Um tanto tão grande que chega a ser nostálgico voltar a casa. Como sempre é quando deixamos um lugar onde fomos muito bem tratados. Já vamos de volta, azimute apontado ao Cais das Fontainhas, onde descansará a traineira esta noite. Chove novamente :) Obrigada por tudo. A vocês e a cada um dos técnicos que ali esteve em operações extra forçadas pela meteorologia. Estaremos de volta em dezembro, dia 9, na @casadamusicaporto Abraço. 📷 @insano_net e Andréia Merca / CMPorto (obrigada!)Button
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8 setembro 2023: há filhos a voltar para casa dos pais, há casais divorciados a viver debaixo do mesmo teto, há famílias inteiras a serem despejadas, há estudantes a dormir em buracos a que gente perversa chama quarto para alugar, há quem partilhe a casa com estranhos para poder manter o emprego, e há quem tenha 2 e 3 empregos para poder pagar uma casa. Em contraponto temos os bancos a somar tantos milhões de lucro que nem saberíamos contar tanto dinheiro. E nisso vão alargando a passada, distanciando-se do pelotão. A subida de juros nos créditos habitação estrangula muitos mas serve alguns. Os argumentos são ininteligíveis. As vidas são relativas e as necessidades ainda mais. O artigo 65º da nossa Constituição diz-nos que “Todos têm direito a uma habitação com condições de higiene e conforto”. Mas falta parque habitacional, faltam salários adequados aos tempos, faltam políticas que incentivem ao desenvolvimento e à cooperação. Falta altruísmo. Falta mostrarmos assertivamente, aos que nos representam nos governos, que estamos esgotados - e que isso é muito mais do que estarmos insatisfeitos. Dia 12 sai o teledisco da canção que escrevi com o @pretu_xullaji . Fala sobre habitação, fraternidade, subserviência. Fala sobre soberania. Dia 30 há Manif pela Habitação em Lisboa e no Porto. Venham ajudar com os vossos cartazes, com a vossa voz, com toda a irreverência que habite aí dentro. Precisamos de um bom e sério levantamento popular. 📷 @marioguilhermedop x @pedroesemedoButton
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Convocar os nossos, honrar quem nos desafia, quem nos provoca e desconforta, quem nos inspira. É sobre isso este medley, sobre chamar à conversa quem nos fez caminho. Aqui estão alguns: Zeca Afonso, @allenhalloween_yk , @chicobuarque , @mechelas , @daweaseloficial , @sergio.godinho.oficial , @mariomata_oficial Celebração e respeito. Com @lucargel , @sergiomiendes , @diogoarranja e @priazevedooficial <3. Imagens cedidas pela @festadoavante .Button
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Obrigada, @festadoavante Voltámos ao Avante, 2 anos depois. Tocar no palco 1º de maio em 2021 foi das coisas mais bonitas que me aconteceu nesse ano cansado e de confusa pandemia. Nesse dia, algumas das letras do disco Rua das Marimbas ecoaram aqui e ali pela voz do público e essa foi uma sensação inesquecível para mim. Não tanto por haver quem cante alguma coisa que de repente tivesse escrito num dia mais nublado ou impaciente, mas por me sentir acompanhada nas inquietações, nas dores da democracia e nos sonhos. Este sábado fomos ainda mais a dizê-lo. E foi poderoso. E eu que sempre tento arranjar palavras para descrever o que vou sentindo, vou aceitar que desta vez as palavras serão sempre poucas para o que nos aconteceu anteontem. Fomos juntos pela noite dentro. E como se tocar com o @diogoarranja e com o @sergiomiendes não fosse já uma coisa fabulosa, ainda deu @lucargel e @priazevedooficial . Ela a teclista mais power, groovada e linda, ele o menino que canta e escreve como quem busca aquele tal lugar melhor, o dos países que ninguém invade. O dos sonhos, das lutas, das frutas, das pontes, da paz. O vídeo é, como sempre, do meu querido @pedroesemedo, talentoso amigo de todas as horas. Obrigada a quem esteve. Obrigada a quem está. PS. E este abraço do @reininhorui no final !? Ahhhhh, socorro! 🙈❤️Button
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Um dos lugares mais bonitos onde filmámos um teledisco foi o @atelierdoispontos . Lá tudo tem presença. Tudo está em harmonia. Até uma chávena pousada na bancada. É um mundo inventado por dois criativos plásticos - a @rita.melo_ e o @ricardo.crista - onde é fácil passar horas em serena contemplação. A assentar os olhos em cada objeto, planta ou vazio daquele espaço. A adivinhar as dinâmicas tão cheias de vida, poesia e aprendizagem que ali acontecem. Agradecendo (mesmo que tardiamente) o amável acolhimento dos nossos trabalhos, venho também desafiar-vos a fazerem-lhes uma visita. Para quem gosta de desenhar, pintar, sonhar!…há aulas, oficinas, workshops. Há gente doce e apaixonada para vos receber. Foi lá que gravámos o vídeo dos Países que ninguém invade. Uma das canções que levaremos - eu, o @sergiomiendes , o @lucargel , o @diogoarranja e a @priazevedooficial - à @festadoavante Sábado! 22h no palco 25 de abril! Abraços.Button
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Sobre o concerto de 28 de outubro na @casafernandopessoa : será integrado no Festival Lisbon Revisited - Dias de Poesia 2023. E os bilhetes estarão à venda a partir de 31 de agosto no local e online (Blue Ticket no site da Casa) As fotos são do @andreferreira.ph e foram tiradas nos preparativos / concerto quase secreto do Paredes de Coura ;) AbraçoButton
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Como deu @lucargel ? Aconteceu que nos cruzámos num mesmo palco, onde se homenageava Chico Buarque. Enquanto aguardávamos a nossa vez de entrar, falávamos baixinho atrás do pano e pelo meio da conversa eu perguntei: vamo fazê uma música em conjunto, menino? Ele não pareceu entusiasmado, mas foi amável como sempre é. Não voltámos a tocar no assunto, até que alguns dias depois recebi um pequeno audio cantarolado. Era o início da nossa canção. Os países que ninguém invade é uma construção feita da matéria dos sonhos, das terras que estão por inventar e vivem dentro de nós. Onde os bens são universais, pertença de ninguém, mantidos e cuidados por todos, para todos. Onde a guerra acontece sem armas, sem lágrimas, sem morte, e os desentendimentos são tratados na palavra e na razão, não sem dor, mas para elevação coletiva. Dia 2 de setembro voltamos a estar juntos na @festadoavante Pelas 22h Palco 25 de Abril <3Button
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Vamos andar à solta no mar 🩵 02/09 Seixal, @festadoavante 09/09 Estoril, @chefsonfire.pt 10/09 Porto, Feira do Livro 22/09 Guimarães, @banhosvelhos 23/09 Albergaria-a-velha, @cineteatroalba 29/09 Coimbra, @festivalpolitica 05/10 Castelo Branco, @cineteatroavenida 08/10 Leiria, Festival Ágora 14/10 Espinho, Auditório (com Academia) 20/10 Loulé, Festival Política 28/10 Lisboa, @casafernandopessoa Fotografia @detroino 🦋 Design @jerikodesign 🍒 Abraços :)Button
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Avante! Este ano tive a felicidade de partilhar palco com o @lucargel nas comemorações do 25 de abril do Município de Loulé. O @pedroesemedo também esteve e fez-nos um registo do encontro. Mas as águas foram correndo e nunca chegámos a publicar o vídeo. Calha que no próximo dia 2 de setembro vou estar novamente com este gigante da fala doce e mensagem certeira no palco 25 de abril da @festadoavante e achei que era boa altura para partilhar um cachico do foi, uma brisa do que será. Um abraço e até já <3Button
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TRÓIA: NÃO, NÃO VALE TUDO AQUI! Venho agradecer a todos quantos se mobilizaram para assinar a petição sobre a travessia de Tróia. A contagem de assinaturas ao início da manhã de ontem estava nas 2400 e hoje já passámos das 4 mil. Conseguimos quase 2 mil assinaturas em conjunto! Bravos! OBRIGADA! :) Mas ainda não chega, precisamos de mais! Precisamos da subscrição dos nossos jovens, dos nossos pais, dos nossos primos, tios, irmãos, amigos! Para fazermos valer a nossa voz na Assembleia da República e mostrarmos que não, não vale tudo aqui! E que os preços que a empresa responsável pelas travessias para Tróia está a praticar (quer se vá em lazer ou em trabalho) são absurdos, inaceitáveis e estranguladores! Uma estratégia de seleção que pretende apagar uma comunidade. Tróia era a praia de todos. Tróia é a praia de todos! E se formos muitos a dizê-lo a voz será mais alta e mais forte! O link para a petição está na minha bio. Não é coisa partidária. É nossa! E só demora 1 minuto a assinar. Subscrevam, por favor, e passem a palavra a tanta gente quanto consigam! As fotos são do Nuno Madaleno 💌E escolhi-as na tentativa de que esta plataforma social dê a este assunto o alcance que merece.Button
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APELO! Peço-vos 1 min para assinarem a petição pela inclusão da Travessia Setúbal - Tróia no passe NAVEGANTE, que irá permitir que a população volte a ter acesso às praias de Tróia, que estão a ser privatizadas pelo incomportável preço dos bilhetes de barco aplicados pela Atlantic Ferries. Só carece do vosso nome completo, email e número do Cartão de Cidadão. Depois (MUITO IMPORTANTE!) recebem email no endereço que deram e só têm de clicar no link para fazer a validação dos dados! Senão a vossa assinatura não conta. É 1 min mesmo! O link está na minha bio! Subscrevam por favor, e passem a palavra a tanta gente quanto consigam! 📸 Fernando GramaxoButton
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Nossa Senhora do Rosário de Tróia Conta-se que um grupo de pescadores, atingidos por uma grande e aflitiva tempestade, se salvou refugiando-se na zona da Caldeira de Tróia, o lugar onde encontrariam a imagem de uma santa esculpida em madeira. Acreditaram que tinham sido salvos por ela e decidiram construir uma capela tosca mas devota em sua homenagem. À santa chamaram-lhe Nossa Senhora do Rosário de Tróia, a protetora das gentes do mar. O desfile marítimo da festa em que anualmente a celebram foi ontem ao final da tarde e é das coisas mais impressionantes que acontecem em Setúbal. Não pela fé católica que evoca, mas pela chamada que faz ao nosso passado, à nossa memória, e ao lugar que somos hoje. Espaços de existência tão cheios de esforço e de luta, de dificuldades tão primárias. Eu sou crente. Creio nos rios, nas árvores, nas estrelas, nas nuvens que viajam pelo nosso céu. Acredito em pessoas (algumas) e sobretudo acredito em cães (e outros animais no geral). Mas ontem quando o barco onde a Santa seguia passou por mim, fiz-lhe um pedido: que os ferries e os catamarans, que usam tanto este rio e sobre ele ganham tanto dinheiro, se juntem um dia a este círio, mesmo que cumprindo a sua travessia de cais a cais, sem alterar a sua rota. E o façam orgulhosamente engalanados, honrando o território onde operam. E depois ainda fui mais longe no sonho: que se perceba que a riqueza de Tróia não está só na (deslumbrante) paisagem natural. Sempre esteve (também) na paisagem humana, na diferença e na mistura, no encontro entre o visa gold e o dinheiro miúdo. O pé descalço e o Louis Vuitton. Mas para isso é preciso que os preços dos bilhetes sejam honestos. Mas para isso é preciso que não se exclua. Mas para isso talvez seja preciso que a gente lute. Nota de rodapé sobre travessias fluviais (10 a 18 min): Barreiro - Terreiro do Paço: 2,65 eur Cacilhas - Cais do Sodré: 1,40 eur Trafaria - Belém: 1,30 eur Seixal - Cais do Sodré: 2,65 eur Fuseta - Ilha da Fuseta: 2,15 eur Setúbal - Tróia: 8,80 eur Conhecem outras? Contem-me, por favor.Button
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Paredes de Coura Acho que nascer em Setúbal, no sopé da Serra da Arrábida - que eu só adivinhava lá na outra ponta da cidade por viver na ponta oposta dos bairros periféricos - me fez gostar genuinamente de lugares cheios de verde, de árvores e arbustos, plantas altas e rasteiras, macias e com dentes, cada uma fazendo valer a genética que lhe foi atribuída de forma a perpetuar a sua espécie pelo meio dos desafios humanos e climáticos. Uma existência poética e abaladoramente intuitiva. Que na sua calma e paciência feita de milénios, me assenta anos de inquietações. Fui para Paredes de peito aberto mas não sem medo. É um medo que vem com a responsabilidade. De querer fazer bem, de oferecer o melhor que se sabe. Que vem com o desejo de nos sublimarmos, individual e coletivamente. E então conversamos com amigos, e eles aliviam-nos os ombros quando nos lembram de nos levarmos menos a sério. Passamos melhor a noite mas o medo só dá tréguas quando lhe pomos beleza à frente. E beleza é o que não falta em Paredes de Coura, um festival que é um abraço de rio, serra e gente com amor a música e que nos envolve como quem nos diz: está tudo bem. E estava mesmo, que no meio de todo aquele verde-vegetação o sabor da vida é diferente. Obrigada por nos terem recebido com tanta força, com tanto amor. O vídeo é do @pedroesemedoButton
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17 agosto Finalmente Paredes de Coura 🤸❤️Button
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TANTOS DESENCONTROS | O processo II Estes são alguns dos desenhos que deram origem ao teledisco da canção Tantos Desencontros, feito pela @katiegely. Outro dia ela falava-me de como foi. Às vezes ouvimos uma canção e nasce-nos uma vontade de expressar alguma coisa sobre ela. Passou-lhe pelo corpo e viu imagens. E depois tentou passar essas imagens para um caderno em branco: nasceu um storyboard, e daí desenhou e pintou muito. Foram cerca de 1500 desenhos. E depois? Depois fotografa-se cada um deles (nessa máquina animada que se vê nas imagens) e no final combinam-se todas, corrige-se a cor e larga-se o filho no mundo, para que outros olhos se deixem contaminar no infinito ciclo que é este, de nos inspirarmos uns aos outros. Alguns destes frames / desenhos vão estar à venda nos concertos. As receitas serão integralmente para a ilustradora que os criou: a Kati. Para saberem mais do trabalho dela: www.katiegely.comButton
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TANTOS DESENCONTROS | O processo I Quantas horas de trabalho pode um vídeo de 2 minutos conter? Tantas quantas a paciência e o amor que um coração tiver. E num vídeo de animação parece que é tudo em dobro. A @jo_c_batista me tinha dito que assim era no postal animado que fez da canção da Eva, a @katiegely comprovou: para o vídeo do Tantos Desencontros foram mais de 1500 desenhos. É o milagre do movimento: para que os elementos ganhem vida precisam de muitas quase-cópias. Quase cópias! É um “Descubra as Diferenças” em modo de dificuldade avançada. É o que torna estes trabalhos de animação tão preciosos. Entretanto alguns destes frames / desenhos vão estar à venda nos concertos. As receitas serão integralmente para a ilustradora que os criou: a Kati. Para saberem mais do trabalho dela: www.katiegely.comButton
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Vila Real Acordei às 7h00 para dar um mergulho antes de rumarmos a Setúbal, e enquanto fazia o homem morto deitada na água pensava na quantidade de lugares lindos que tenho conhecido nos últimos meses à boleia do disco 2 de abril. A noite passada tocámos no Teatro de Vila Real, um exemplo vivo de que arquitetura, arrojo, engenho e funcionalidade podem co-habitar com a natureza, crescendo com ela no interesse, na beleza e no valor. É um equipamento que integra vários espaços (maravilhou-me o palco 360º preparado para todas as estações do ano: de um lado servindo o interior do auditório, do outro virado para uma plateia de rua esculpida na encosta. Fds, lindo!) Tudo isto desenhado à beira do Parque do Corgo, verde-verdinho, com poemas em forma de árvores, pássaros, flores e águas de rio manso. Sobre o concerto dirá quem esteve - melhor do que eu. Às vezes fazia-se um silêncio tão grande que tinha de abrir os olhos para ver se continuava alguém na plateia. Às vezes abro os olhos e vejo que ando a sonhar acordada. Obrigada a quem esteve. Obrigada a quem tem espalhado a palavra. Abraços, domingo saburaButton
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O @pedroesemedo, um amigo-jóia que fiz pelo caminho e que me ajuda desde o início com telediscos e outras coisas, também foi connosco a Sines. Fez-nos este mimo, para mais tarde recordarmos. Amanhã tocamos no Teatro de Vila Real <3 Vai a traineira por aí cima! :)Button
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Sines: Não foi top, nem épico nem brutal, palavras que me soam tão estranhas nos contextos em que são usadas hoje. Foi Sines a ser Sines. Foi o Festival Músicas do Mundo a cumprir-se mais um dia. Um Festival que é mais de abraços do que de selfies, mais de liberdade do que de tendências, que é diferente pelo amor que tem à diferença, que promove o encontro com o outro, a aproximação ao outro, o respeito pelo outro. Queria dizer mais sobre o que foi estar naquele palco, sobre o abraço que senti em cada canção, em cada verso atrapalhado, em cada engano. Queria dizer o que sente um coração ao ver tantos braços no ar a cantar o que se escreveu no canto de uma sala de um dia triste. Queria dizer que os dias tristes têm uma grande serventia na nossa vida, porque nos dão força para procurarmos dias mais radiosos, para lutarmos por lugares como o de ontem, onde foi tão bom existir. Obrigada a quem esteve. Obrigada a quem tem estado. Um abraço 📸 @danielguerreiro0 e @fmm_sines obrigada 💌Button
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Corrida sem lei onde vais Portugal..? Amanhã levamos esta e outras até Sines. 18h no Castelo, entrada livre. 🥁Button
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Sines, 26 julho A diferença entre fazer uma coisa de que se gosta e outra de que se precisa tanto como de oxigénio para respirar é este arrepio. É isto que a música me dá. Quarta-feira estamos em Sines, tocamos no Castelo às 18h00. E a esta hora a entrada é livre :) Abraços, até já.Button
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As relações podem ser lugares estranhos. Às vezes estamos na vida com pouco para dar. A terra fica seca e nem as sementes mais ricas dão lugar a broto, nada. Outras vezes temos tanto e queremos tanto entregar o que nos vai dentro que não há muro de contenção que nos detenha. Abrimos as comportas e seja o que se quiser! E às vezes, do outro lado, há um abraço infinito que dá sentido a tudo. Outras vezes há a cidade confusa, barulhenta, da humanidade absorta, desligada; ou o deserto, que apesar do encanto da paisagem, da imensidão das dunas, da sua beleza ondeante e quente no horizonte, nada quer ou tem a receber. Nada quer ou tem a dar. Esses tempos doem. Mas doem menos quando vamos aprendendo a cair. Já não partimos os dentes. Saber cair é uma ciência, diz-nos bem a @francisca__camelo . A linda ilustração é da @katiegely, parceira na celebração do dia Mundial da Liberdade de Pensamento, da liberdade de entregar ao outro o que se é, e ser nisso livre, sempre. Conheçam o trabalho dela, que vale cada segundo (www.katiegely.com)Button
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Coimbra esta semana voltámos à cidade onde eu quis que se apresentasse o disco 2 de abril. Aconteceu na igreja do Convento de S. Francisco, lugar de paredes altas e imponentes, como se para chegar a deus tivéssemos de olhar para cima - quando não temos (ele está nas flores, nos olhos dos cães, no rio Sado e no Mondego, na vespa que nos ferra porque mexemos com o ninho dela). E desde aí tem sido estrada acima, estrada abaixo, tentando fazer chegar a música onde haja quem a queira ouvir. Coimbra deu sorte ao caminho que se fez porque logo ali - sem jogar em casa - contei com uma sala cheia de abraços e reforcei a crença de que tinha valido a pena trabalhar tanto naquele disco (meu querido Sérgio Mendes, a quantos esforços te obriguei). Entretanto, 14 meses depois, voltámos para fechar a Feira do Livro. E foi bom ver que a tenda era pequena para todos nós. E que algumas letras de canções já não se fazem da minha voz. Que fomos ficando um conjunto. E que conjunto! Obrigada, Rafael Nascimento. Pelo serviço público apaixonado, armado de sonhos! Pessoas como tu pelo caminho, guardo-as todas… para acrescentar à família. 🐘 Obrigada também à RUC, pelo apoio constante e precioso à música Portuguesa. Hoje a viagem segue até Arraiolos. Tocamos às 22h00 na pracinha do Município <3 📸 algumas são do município, outras são de gentis presentes que as emprestaram.Button
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Até já, Coimbra! O barco vai de saída Adeus ó cais das Fontainhas! Vamos entrar pelo Mondego adentro até ao palco da Feira do Livro :) Abraços 🩵Button
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Bô! Afinal de Setúbal a Bragança foi um cibinho e já me acontece ir de bolta com bágoas nos olhos! O concerto foi doce: tocar pra gente que nos oube com o peito é coisa pra nos alegrar pra lá de tanto. Moças e raparigos, obrigada p’la barduada de carinho que nos deram. C’massim ainda mal estamos a lebantar o estaminé e já a bontade de boltar se faz presente. Achais bem? Partir pros picos Arrábidos e deixar nas bossas montanhas um cachico do coração? Adorei andar ó alto hoje cedinho à beira do Fervença, pareceu-me um rio de boa auga, este bosso. Acho que iria dar-se bem com o meu Sado, que nos enche de sal as costas e a barriga de tão bom pescado. Bemo-nos amanhã ou passado! Obrigada por tudo! TMB <3 Puristas transmontanos, perdoai o atrevimento do possível mau uso da língua. Gostaria de saber mais e até pedi ajuda a especialistas, mas devem ainda de tar dormindo e nenhum me respondeu. AbraçosButton
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Hoje tocamos em Bragança! E não vimos de tão longe para fazer má figura! É dia para se dar tudo o que se tem. A traineira vai cheia: Mestre @sergiomiendes nas cordas e na condução dos cardumes, @diogoarranja na bateria e nas conchas, Joana Mário na magia da iluminação subaquática e de palco, Ricardo Costa no som do espetáculo e no cântico das sereias, Sandra Cardoso na produção e orientação das redes, João Gabriel nas montagens e em todas as outras frentes a que o mar obriga. Eu vou escrevendo publicações na areia molhada e apanhando búzios para fazer pontes. Contem com o nosso melhor. Contamos com o vosso também :) As fotos são do @detroino, concerto de Braga, onde estivemos há algumas semanas, onde fomos uma noite feliz. 21h00 no Teatro Municipal de Bragança. AbraçosButton
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